quinta-feira, 15 de julho de 2010

Americanização


É tudo uma questão de figura de linguagem! O Barbarismo faz com que pensemos ser absolutamente normal empregarmos termos ou expressões em inglês ou popularmente falando, termos americanos em nossas frases, isso significa que estamos perdendo a identidade da nossa cultura tupiniquim. Uma vez perguntado a um escritor sobre o assunto, ele respondeu: “nós brasileiros também somos americanos, somos sul-americanos e não norte-americanos a diferença é que nós temos chica chica bum”, brilhante comentário! Mas ainda sim nos sentimos menosprezados, inferiorizados e subjugados! Vá bem que pagamos muitos impostos e sabemos que são mal empregados, estamos certos que existe muita corrupção e desigualdade social. Mas possivelmente tudo isso seria uma questão lógica de resolver, basta termos uma educação política mais contundente, se não tivermos o apoio do ensino escolar, que seja apenas pelos nossos educadores primários - nossos pais.

Podem existir diversas explicações para justificar porque os brasileiros dizem estou meio down ao invés de “pra” baixo, script ao invés de roteiro, cool no lugar de legal, affair/paquera, punk/cruel ou duro, all incluse é tudo incluso, camarote open bar seria camarote com bebida inclusa, fora o cumprimento de bom dia, boa tarde e boa noite. Não adianta querer me convencer que é por causa da era da internet, porque nós presenciamos esse hábito há tempos. A minha explicação tem um histórico interessante, quando a até então colônia inglesa tornou-se uma república independente. Essa colônia passou a chamar-se República Federativa dos Estados da América, marcando um traço histórico no mundo, daí décadas mais tarde com a nossa independência, tentando imitar o feito dos Estados Unidos, o nosso país tornou-se República Federativa dos Estados Unidos do Brasil. Hoje apenas República Federativa do Brasil, ainda bem que consertaram essa “bagaceira”, até porque isso pegava muito mal. E assim passaram-se anos e de alguma forma tentamos copiar ou imitar os Estados Unidos, fica até feio porque isso é característica do Paraguai, não nossa, será mais uma cópia barata?

Nos dias atuais os brasileiros, principalmente os mineiros querem viver o “american dream” que tem mais cara de “american nightmare” com tanta ameaça terrorista e instabilidade econômica e ambiental que norteia os Estados Unidos. Perguntas não calam como: que raio de sonho americano é esse, alguém pode me dizer? Desde quando latino-americanos são bem quistos e aceitos por uma sociedade que se acha uma hegemonia em todos os aspectos? Aprendam que para eles somos escória! Brasileiros na terra do Tio Sam são taxistas, operários de construção civil, babás, empregadas domésticas que só servem para limpar bosta gringa e nada mais! São poucos os que conseguem ter sucesso e respeito por lá, não é a toa que muitas pessoas voltam com o rabinho entre as pernas para o Brasil e pior, arrotando que morou nos States, se lá é tão melhor que o Brasil, por que voltou Ra bolas? Lógico que não é tão bom assim! Até porque os estadunidenses com sua arrogância e prepotência não aceitam latinos ilegais, descendentes de mulçumanos, cidadãos de países socialistas ou qualquer outra nacionalidade, só aceitam os seus de sangue azul, ou melhor, sangue anormal.

Os norte-americanos estão acima da lei não esqueçam! Afinal que não lembra ou já ouviu ou viu em algum lugar a expressão clássica deles quando são confrontados por autoridades estrangeiras: “eu sou cidadão norte-americano”, que traduzindo quer dizer, não ponha sua mão imunda em mim porque eu sou um intocável! Mas o curioso de tudo é quando eles saem dos Estados Unidos, do mundinho perfeito e civilizado deles e percebem que fora do país eles são os mais odiados e não sou só eu que digo, mas um repórter estadunidense ratificou essa constatação, eles ficam chocados, “tadinhos”! Portanto é importante darmos mais valor às nossas raízes, a nossa pluralidade cultural, ao nosso jeito condescendente de ser, e principalmente ao nosso português-brasileiro. Daí eu pergunto: quem precisa de green card e viver um american dream, se podemos ter “chica chica bum” em terras canarinho?

2 comentários:

  1. Primeira vez que vejo uma naggai critica, na verdade eu lia mais os poemas dela.... porem agora com esse novo BLOG, pretendo continuar seguindo com qualquer que seja a variação da Naggai! rsrs... Boa Sorte desde já com esse novo "trabalho" e continue sempre assim.. MUITO TALENTOSA! PARABENS!!

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  2. Alê,
    Obrigada pelos elogios e por estar gostando dessa Naggai que você não conhecia, o prazer é meu!! Depois dos elogios quero que você fique a vontade para comentar os textos rsrs!
    Beijos!!

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